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Teste VW T-Cross 200 TSI 2025: O Básico Que Impressiona

Adquirir um carro é uma decisão significativa, especialmente quando se trata de R$ 150 mil em um segmento compacto. No universo dos SUVs, é comum encontrar versões básicas que, embora não sejam as mais completas, oferecem mais recursos do que modelos de entrada. A maioria das opções no mercado traz motores 1.0 turbo.

T-Cross.
T-Cross.

O VW T-Cross 200 TSI 2025 se destaca como a versão inicial, excluindo a variante Sense, que é direcionada a públicos como PCD e frotistas, mantendo o design anterior. Embora não inclua itens como chave presencial, câmera de ré e ar-condicionado automático, já conta com funcionalidades interessantes, como piloto automático adaptativo e alerta de colisão com frenagem automática. Seu preço parte de R$ 146.690, podendo chegar a R$ 148.740 com um pacote que substitui as rodas de 16″ por 17″ e adiciona câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e retrovisores externos com rebatimento elétrico.

Na reestilização, o T-Cross passou a ter faróis e lanternas em LEDs em todas as versões. A versão 200 TSI, mesmo sendo de entrada, já vem equipada com rodas de liga-leve e esses novos itens, conferindo-lhe um ar mais sofisticado. Quando comparado às variantes mais caras, perde alguns detalhes cromados, mas, com o pacote opcional, ganha um toque em prata no para-choque traseiro e rodas de 17″ com design semelhante ao anterior.

Internamente, o T-Cross 200 TSI é equipado com volante em couro, bancos em tecido e um acabamento que se alinha ao restante da linha, predominantemente em plástico, mas com um detalhe em courvin no painel, que oferece um aspecto mais refinado. O painel de instrumentos inclui uma tela de 8″, que apresenta uma boa quantidade de informações, acompanhada pela VW Play, que possui uma tela de 10,1″, loja de aplicativos e suporte para Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Contudo, ele mantém a chave tradicional para partida, retrovisor interno sem escurecimento automático e ar-condicionado analógico, itens que podem parecer simples em comparação com os padrões atuais. Por outro lado, conta com acendimento automático dos faróis, piloto automático adaptativo e volante com aletas para trocas de marcha.

No que tange à mecânica, o T-Cross vem equipado com um motor 1.0 turbo, que entrega 116/128 cv e 20,4 kgfm de torque, aliado a um câmbio automático de seis marchas. Embora não possua seletor de modos de condução, que é exclusivo das versões Comfortline e Highline, apresenta o sistema start/stop, que ajuda na economia de combustível urbano, mas pode gerar desconforto térmico em certas situações.

O T-Cross 200 TSI é bem conhecido por seu desempenho e, desde o seu lançamento em 2019, passou por algumas pequenas recalibrações para atender a novas normas de emissões e ajustes no câmbio automático, que reduziram alguns trancos percebidos em sua estreia. A reestilização não trouxe mudanças significativas nesse aspecto.

Assim, o T-Cross 1.0 turbo continua sendo uma boa opção para o uso urbano. Embora apresente certa lentidão na arrancada, principalmente devido ao turbolag e uma calibração conservadora do acelerador, ele entrega um desempenho satisfatório, especialmente em ambientes urbanos. A suspensão é um ponto forte, mantendo um caráter um pouco mais firme, típico dos modelos Volkswagen, mas ainda assim confortável. A direção elétrica oferece boa resposta e comunicação, algo que ainda não foi replicado por muitos concorrentes, especialmente em SUVs com motor 1.0 turbo. A direção é um pouco mais pesada para manobras em comparação a alguns rivais, mas isso não chega a ser um grande problema.

O motor, embora seja eficiente, não aprecia altas rotações e começa a perder força perto das 5.000 rpm, que é onde atinge seu pico de potência. Por isso, é melhor evitar esticar muito as marchas; ao dirigir carregado, pode haver dificuldades em ultrapassagens, algo que é comum em SUVs com esse tipo de motor, mas que ainda é superior aos modelos aspirados de menor cilindrada.

O espaço interno é um ponto positivo, com um entre-eixos de 2.651 mm, que oferece conforto aos ocupantes. No entanto, esta versão não conta com saídas de ar-condicionado para os passageiros do banco traseiro, apresentando apenas portas USB-C para recarga de dispositivos. O porta-malas tem capacidade para 373 litros, que pode ser ampliada para 420 litros com o encosto mais reto, embora isso possa comprometer o conforto dos ocupantes.

VW T-Cross 2025 Painel
VW T-Cross 2025 Painel

O T-Cross 200 TSI, mesmo com o pacote opcional, se mantém abaixo da faixa de R$ 150 mil. Oferece bons equipamentos, abrindo mão de alguns luxos que podem ser dispensáveis para quem possui um orçamento limitado. A versão Comfortline, que também utiliza o motor 1.0, inicia a partir de R$ 164.690 e acrescenta recursos importantes, como ar-condicionado automático, chave presencial, bancos em couro e um painel com tela de 10,25″, além do seletor de modos de condução e novas rodas de 17″. A pergunta que fica é: vale a pena investir os R$ 15.950 a mais para essas melhorias?

Embora o valor não seja baixo para um carro compacto, a concorrência se apresenta em faixas de preço similares para níveis semelhantes de equipamentos. Um ponto positivo do T-Cross é a inclusão de assistentes de condução de série, mesmo na versão de entrada, algo que alguns veículos mais caros não têm oferecido em seus países de origem. Assim, o T-Cross se mantém como uma opção sólida e respeitável dentro do seu segmento.

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