Os proprietários de veículos das marcas BYD, GWM e MG estão enfrentando dificuldades para contratar seguro para seus carros elétricos chineses no Reino Unido. Segundo a revista Auto Express, as seguradoras britânicas estão recusando a cobertura desses modelos, gerando preocupação entre os consumidores.
A falta de conhecimento das montadoras chinesas sobre o mercado europeu de peças e oficinas é apontada como o principal problema. Embora os carros da BYD sejam elogiados pela qualidade, especialistas criticam a falta de estratégia das montadoras em relação ao mercado de reposição.
Assim como ocorre no Brasil, os fabricantes chineses têm conquistado um grande volume de vendas no Reino Unido, graças aos preços competitivos dos veículos elétricos. No entanto, a incerteza em relação ao fornecimento de peças tem sido motivo de preocupação para as seguradoras.
Martyn Rowley, diretor executivo da Associação Nacional dos Reparadores de Carroceria, destaca que mecânicos já declararam perda total em carros elétricos chineses por motivos considerados insignificantes. Em comparação, veículos de marcas como Ford e Vauxhall poderiam ser facilmente reparados nessas situações, devido à disponibilidade ampla de componentes no mercado.
Diante desse cenário, Ben Townsend, chefe de uma empresa que analisa riscos para a indústria dos seguros, faz um apelo às montadoras chinesas, indianas e vietnamitas. Ele destaca a importância de entender o mercado britânico, conversar com as seguradoras e seguir os passos necessários para garantir a logística adequada. Além disso, ele ressalta a existência de uma rede de reparos independente que pode oferecer suporte aos veículos, tornando-os mais sustentáveis no mercado e reduzindo o custo total de propriedade.
No Brasil, embora a situação não tenha chegado ao ponto das seguradoras recusarem os carros elétricos chineses, já há preocupações relacionadas à disponibilidade de peças e pneus com medidas diferentes. A BYD reconheceu o problema e anunciou a ampliação da oferta de peças em seu centro de logística, além de encomendar pneus do modelo Dolphin à fabricante Linglong. A GWM, por sua vez, estreou no país com um galpão abastecido com diversas peças, incluindo para-choques e para-brisas. A Caoa Chery, que já está presente no mercado brasileiro, inaugurou recentemente um novo centro de distribuição de peças em Franco da Rocha (SP).
Diante do quadro apresentado, os consumidores britânicos enfrentam uma situação mais crítica do que os brasileiros. No entanto, é importante que as montadoras chinesas estejam atentas às demandas do mercado e busquem soluções para garantir a disponibilidade de peças e pneus adequados aos veículos elétricos comercializados tanto no Reino Unido quanto no Brasil.
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