O veículo global da General Motors foi introduzido no mercado brasileiro antes de chegar à Europa e aos Estados Unidos, conquistando sucesso desde o início. O Chevrolet Chevette, um dos primeiros projetos de carro mundial de um grande fabricante, teve seu início em 1969, quando a General Motors percebeu a vantagem de criar um único projeto mundial para um veículo popular e pequeno que atendesse às necessidades de todas as suas fábricas globais.
O projeto, denominado Carro T ou projeto 909, deu origem ao Chevettinho, com a Opel alemã responsável pelo design da carroceria e disposição mecânica, enquanto a Vauxhall, braço inglês da GM, ficou encarregada do desenvolvimento do novo motor, com colaboração da japonesa Isuzu.
O motor 1.4 do Chevette era uma inovação para a época, com quatro cilindros em linha, comando de válvulas no cabeçote acionado por correia dentada e sistema crossflow na admissão e no escapamento. No entanto, outras partes da mecânica, como câmbio convencional, eixo cardã e tração traseira, eram consideradas convencionais e pesadas para um carro que buscava ser pequeno e leve.
O Chevrolet Chevette foi lançado em 1973, estreando no mercado brasileiro antes de se expandir para a Europa e os EUA, onde não obteve tanto sucesso. Apesar das limitações de desempenho e consumo, o carro foi bem recebido pelo público, alcançando a marca de 100 mil unidades fabricadas em São José dos Campos (SP) em menos de dois anos.
O modelo destacava-se na dinâmica, apresentando soluções inovadoras como o tanque de combustível vertical atrás do banco traseiro para uma melhor distribuição de peso e menor risco de incêndio em impactos traseiros. Pioneirismos incluíam a barra de direção retrátil em colisões frontais e o pisca-alerta, ausente em outros modelos da época no Brasil.
A linha Chevette evoluiu com a introdução da versão esportiva GP (Grand Prix) em 1975, competindo com outros modelos esportivos populares. A reestilização de 1978 trouxe uma nova frente, inspirada nos modelos norte-americanos, e a introdução de configurações como quatro portas e hatchback.
O Chevette continuou sua evolução com melhorias mecânicas e, em 1980, recebeu um novo motor 1.4 amarelo movido a álcool. A virada da década trouxe mudanças visuais, como faróis quadrados, e o modelo atingiu a marca histórica de 500 mil unidades produzidas, incluindo exportações.
Em 1981, foi introduzido o motor 1.6, estreando no modelo esportivo S/R (Super Racing), oferecendo maior potência e torque. Essa versão, com detalhes esportivos e ajustes na suspensão, destacou-se como a mais cara da linha. A continuação da história do Chevrolet Chevette será explorada na segunda parte desta narrativa, a partir da grande reestilização de 1983.
Referência: Autopapo
Administrador de empresas, profissional de marketing e empreendedor na internet. Fã de Fórmula 1, Stock Car, Moto GP e demais categorias de corridas, é apaixonado por automobilismo desde criança. Piloto de kart nas horas vagas, está sempre antenado em todos os lançamentos do mercado. Atualmente dedica-se à redação do portal IPVA2024.app.br, publicando artigos e notícias sobre os impostos que incidem sobre os veículos.