A política tributária brasileira, em um movimento recente, alterou o panorama para a importação de veículos elétricos e híbridos, com a reintrodução do imposto de importação que havia sido isento até o final de 2023. Esta mudança visa estimular a produção local desses veículos, considerados fundamentais para a transição energética no setor automotivo. Desde janeiro de 2024, o governo federal aplicou uma taxa inicial de 10% sobre a importação desses veículos, marcando o início de um aumento progressivo que alcançará 35% em 2026, equiparando-se à alíquota de veículos a combustão.
Impacto no Mercado e Resposta das Montadoras
A partir de julho de 2024, presenciaremos o segundo ajuste dessa taxa, elevando-a para 18%. Essa progressão tarifária coloca os consumidores e as montadoras em uma posição de adaptação. Algumas montadoras já demonstraram capacidade de absorver esses aumentos sem repassar ao consumidor final, mantendo os preços estabelecidos antes da implementação da medida. Por exemplo, modelos como o BYD Dolphin mantêm seu preço inalterado desde meados de 2023. No entanto, a Volvo é uma exceção notável, tendo anunciado reajustes já em janeiro.
As montadoras comprometem-se a garantir aos compradores os preços vigentes no momento da compra ou reserva do veículo, protegendo-os contra possíveis aumentos futuros decorrentes da nova política tributária.
Período | Híbrido Leve | Híbrido Plug-in | Elétrico |
---|---|---|---|
Janeiro 2024 | 12% | 12% | 10% |
Julho 2024 | 25% | 20% | 18% |
Julho 2025 | 30% | 28% | 25% |
Julho 2026 | 35% | 35% | 35% |
Carros Híbridos Sob Pressão Fiscal

Os veículos híbridos enfrentam um cenário ainda mais desafiador. Aqueles modelos não plug-in serão submetidos a uma alíquota de 25% — um acréscimo significativo comparado à taxa imposta desde janeiro.
Incentivos à Produção Nacional
Em resposta à reintrodução desse imposto, diversas montadoras já anunciaram planos para iniciar ou expandir a produção local de veículos eletrificados. Atualmente, apenas Toyota e Caoa Chery fabricam esse tipo de veículo no Brasil. No entanto, empresas como Stellantis, BMW, BYD e GWM confirmaram o início da produção nacional de seus modelos eletrificados até o final de 2024. Outras marcas também se mostraram comprometidas com esse objetivo dentro do horizonte temporal estipulado até 2028.
Foco nos Elétricos e Híbridos Flex
Embora a nacionalização seja um tema recorrente entre as fabricantes, a BYD destaca-se ao anunciar planos concretos para a produção local de veículos 100% elétricos em curto prazo. As montadoras tradicionais parecem priorizar os híbridos flex nas suas estratégias iniciais, deixando os elétricos puros para etapas futuras do desenvolvimento industrial.

Administrador de empresas, profissional de marketing e empreendedor na internet. Fã de Fórmula 1, Stock Car, Moto GP e demais categorias de corridas, é apaixonado por automobilismo desde criança. Piloto de kart nas horas vagas, está sempre antenado em todos os lançamentos do mercado. Atualmente dedica-se à redação do portal IPVA2024.app.br, publicando artigos e notícias sobre os impostos que incidem sobre os veículos.